AMADO BATISTA O CANTADOR DE HISTÓRIAS ( O FRACASSO )


O fracasso ( Continuação 2 )

 Dedicou-se ao trabalho e logo foi renconhecido, tornou-se subgerente da livraria e passou a ganhar mais.
Amado começou a economizar o dinheiro que recebia, juntou parte de seu salário, de férias, de décimo terceiro e conseguiu subir mais um degrau na carreira. Em 1970, abriu sua pimeira loja de discos, a RC7 - nome dado em homenagem à banda de Roberto Carlos, seu ìdolo.

 Aquele rapaz sonhador tinha uma visão empreendedoa apurada: para montar sua loja, alugou um espaço na estação rodoviária do bairro Cidade Jardim, ponto estratégico e de muito movimento em Goiânia.

 Mesmo com dificuldades, Amado locou o espaço, montou prateleiras, comprou a prestações alguns discos e um aparelho de som.

 Amado não sabia o que fazer, pois menor de idade não podia abrir empresa e ele tinha apenas 18 anos. Foi então que surgiu a ideia de registrar o estabelicimento em nome de seu irmão Paulo. Com tudo legalizado, era hora de trabalhar.

 Como ainda não tinha certeza de que conseguiria sobreviver apenas com sua loja de discos, Amado continuou a trabalhar na Oió, enquanto Paulo cuidava da RC7. A rotina ficou corrida, de segunda a sexta-feira, sua vida era a livraria, nos fins de semana, era a loja.

 - Final de semana eu comprava os discos que estavam faltando e ia pra lá. Paulo tirava o dia de folga e eu ficava sábado e domingo na RC7. Eu nunca tinha folga.

 A semana ficou pequena para tanto trabalho. Quando chegava segunda-feira, Amado acordava cedo e, com o dinheiro que conseguia ganhar no sábado e domingo, comprava mais discos para abastecer sua loja, levava os produtos para seu irmão Paulo e saía correndo para trabalhar na livraria.

 Durante aquele ano inteiro, essa foi sua rotina.
 Tempo? Só para trabalhar.

 No fim do ano, a loja estava lotada de discos e não dava para continuar naquele aperto. Amado decidiu então alugar outro espaço - maior - na mesma rodoviária. Transferiu todas as coisas da loja para o novo local, contratou uma pessoa para ficar no caixa e três balconistas. Logo o seu negócio começou a expandir.
Seu empreendedorismo transformou a modesta loja em "uma empresa de verdade" e, depois de dois anos, em 1972, Amado saiu da livraria para cuidar apenas da RC7. consegui ganhar muito dinheiro e montar outra loja em Inhumas, interior de Goiás. Paulo doi transferido e passou a trabalhar em Inhumas.

 Tamanho foi o progresso, que Amado Batista montou mais duas lojas de dicos. Ele alugou uma loja na rua Benjamin Constant e outra na avenida Anhanguera, na via mais longa de Goiânia e as batizou com o mesmo nome das outras lojas.

 Amado viu em seus empreendimentos a oportunidade perfeita de realizar seu sonho de ser cantor.
Foi lá que empresário conheceu vários donos de pequenas gravadoras e diretores de grandes gravadoras, nas quais ele sonhava um dia gravar. Conheceu também muitos artistas daquela época - Gino e Geno, João Mineiro e Marciano, Odair José, Sérgio Reis. No início da carreira eram eles mesmos que iam às lojas vender os pròprios discos. Com visitas frequentes, Amado tornou-se amigo desses cantores.

 - De vez em quando a gente se encontra e lembradisso - contou ele em meio a risadas.

 Aquele garoto batalhador, que começou de baixo e manteve acessa a chama da fé por dias melhores, mal sabia que sua vida estava prestes a tomar um rumo inesperado.

 Em 1973, Amado conheceu Oscar Martins, um rapaz influente e dono da gravadora Anhembi & Chororó, localizada no centro da cidade de São Paulo.

 A partir de então não se desgrudaram mais. Tornaram-se amigos íntimos, a ponto de Oscar acompanhar Amado quando este ia fazer serenatas com outros amigos para as namoradas.

 Em breve mais postagens sobre essa história.

                                     Elaine Cristina, Luciano Silva, Gláucia Lisboa, Back Vocal